19/04/2007

Trabalho Informal em São Miguel Paulista

Por Andrelissa Ruiz
Mayara Evangelista


As pesquisas recentes do Instituto mostram que em relação a julho de 2005 a taxa de desemprego chegou a 17,9 porcento.
Nas regiões metropolitanas do Brasil, principalmente nos bairros da periferia das capitais como São Paulo o quadro se agrava.
No centro de São Miguel Paulista, localizado na zona leste de São Paulo, as ruas que dão acesso ao Mercado Municipal, a própria calçada e arredores da região dividem espaço com uma grande concentração de ambulantes.
Os serviços terceirizados, a criação de cooperativas e os vendedores ambulantes surgiram como alternativa provisória para amenizar o desemprego na década de noventa e se tornaram uma atividade permanente, alterando a estrutura do mercado brasileiro.
Entre 2003 e 2006 a informalidade no geral se manteve no mesmo patamar sempre acima de cinqüenta porcento.
Muitos dos ambulantes de São Miguel Paulista ocupam o local há anos e afirmam ter migrado para o mercado informal por não encontrarem emprego. É o caso de Samuel Pereira de 48 anos. “Eu não achava emprego comecei a trabalhar e deu certo. Eu trabalho há 16 anos”, diz o ambulante.
Outros ambulantes como Lenilda Pereira de Amorim, 31 anos, trabalha no ramo há vinte e quatro anos e nos conta que a venda nas ruas já é tradição de família.
Segundo dados da Subprefeitura de São Miguel, são mais de seiscentos ambulantes no local e apenas duzentos e dois deles são legalizados e possui o TPU - Termo de Permissão de Uso.
A concentração excessiva de barracas no centro de São Miguel causam transtornos, principalmente por ocuparem lugares indevidos como faixa de pedestres e calçadas.
São Paulo abriga mais de 3 milhões de pessoas ocupadas no setor informal. O que antes era uma saída emergencial para a questão do desemprego hoje é considerado uma opção de vida.
Atualmente o crescimento desordenado da informalidade satura o mercado. No bairro de São Miguel Paulista não há mais vagas nem para ser ambulante.

Um comentário:

Unknown disse...

E a Prefeitura toma qual atitude para esta situação???